19 outubro, 2009

Imagem distorcida


O meu último sopro iluminado foi embora
assim como as palavras que a lápis escrevi
apaguei meus versos
levo minha mão ao rosto

beiro o desencanto total
abandono a razão na noite fria
mas quem está ao relento é minha alma
faminta

espero ter lucidez
para reconhecer meus amigos em vida
a solidão pode me fazer bem agora
na eternidade não fará sentido

perder pode significar um novo começo
não quero me purificar
não vou a uma cartomante nem até Aparecida
vou sentar no chão e reler minha história