14 dezembro, 2009

Sabia, aliás, que discernira mal, que, talvez, houvesse alguma coisa que saltasse à vista, mas ele não estava notando. Parou no meio do quarto, meditando. Uma idéia angustiante, sombria, crescia nele – a idéia de que estava enlouquecendo, de que naquele instante não tinha condições nem de raciocinar, nem de se defender, de que talvez não devesse fazer o que estava então fazendo... “Meu Deus! Preciso fugir, fugir!” – balbuciou e lançou-se para a antessala. Mas ali o aguardava um horror como, é claro, nunca havia experimentado.


p. 95

Nenhum comentário: